HQ

Etapas para criação de uma história em Quadrinhos

1- Personagens
São eles que conduzem os enredos. Os personagens têm vontades, dramas, conflitos, ironias. É por meio de suas falas e ações que as histórias são contadas.

2- Balões
Criados especificamente para as histórias em quadrinhos (HQs), os balões possuem vários tipos, sendo os principais: de fala, de pensamento de ira,de berro, de sussurro. Neles são escritos os pensamentos e as falas dos personagens. O desenho deles é bem variado, mas em geral os de fala possuem um "rabinho" em direção ao personagem falante.
3- Cenários
É nos cenários que as ações dos personagens acontecem. Há dois tipos de cenários, os internos (dentro de residências e outros prédios) e os externos (a rua, o espaço sideral, o céu)

4- Onomatopéias
São palavras ou junções de palavras que imitam a voz de animais ou ruídos de objetos.
Ex: BUUM!!! (explosão), CRI_CRI!! (grilo), TOC-TOC! (batendo à porta), TIC-TAC! (bater do relógio). Embora sejam outro elemento exclusivo da linguagem das HQs, as onomatopeias são passíveis de criação livre.
5- Recordatórios
É um tipo de balão usado especificamente para a narração. Não possuem "rabinho" em direção a personagens. Exemplos: "Enquanto isso..." e "No dia seguinte..."

6- Quadros
Eles delimitam o enquadramento das cenas de uma HQ. Podem ser variáveis em tamanho e formato, de acordo com a necessidade da cena a ser desenhada.
METÁFORACOMPARAÇÃO
1-Aquele homem é um leão.
Estamos comparando um homem com um leão, pois esse homem é forte e corajoso como um leão.
2-A vida vem em ondas como o mar.
Aqui também existe uma comparação, só que desta vez é usado o conectivo comparativo: como.
O exemplo 1 é uma metáfora e o exemplo 2 é uma comparação.
Exemplos de matáfora.
Ele é um anjo.
Ela uma flor.
Exemplos de comparação.
A chuva cai como lágrimas.
A mocidade é como uma flor.
Metáfora: sem o conectivo comparativo.Comparação: com o conectivo (como, tal como, assim como)
Aqui também existe a comparação, só que desta vez ela é mais objetiva.
Ele gosta de ler Agatha Christie.
Ele comeu uma caixa de chocolate.
(Ele comeu o que estava dentro da caixa)
A velhice deve ser respeitada.
Pão para quem tem fome.(“Pão” no lugar de “alimento”)
Não tinha teto em que se abrigasse.(“Teto” em lugar de “casa”)

PERÍFRASE – ANTONOMÁSIA
A Cidade Maravilhosa recebe muitos turistas durante o carnaval.
O Rei das Selvas está bravo.
A Dama do Suspense escreveu livros ótimos.
O Mestre do Suspense dirigiu grandes clássicos do cinema.
Nos exemplos acima notamos que usamos expressões especiais para falar de alguém ou de algum lugar.
Cidade Maravilhosa: Rio de Janeiro
Rei das Selvas: Leão
A Dama do Suspense: Agatha Christie
O Mestre do Suspense: Alfred Hitchcock
Quando usamos esse recurso estamos empregando a perífrase ou antonomásia.
Perífrase, quando se tratar de lugares ou animais.
Antonomásia, quando forem pessoas
CATACRESE
A catacrese é o emprego impróprio de uma palavra ou expressão por esquecimento ou ignorância do seu real sentido.
Sentou-se no braço da poltrona para descansar.
A asa da xícara quebrou-se.
O pé da mesa estava quebrado.
Vou colocar um fio de azeite na sopa.

ANTÍTESE
Emprego de termos com sentidos opostos.
Ela se preocupa tanto com o passado que esquece o presente.
A guerra não leva a nada, devemos buscar a paz.
Aquele rapaz não é legal, ele subtraiu dinheiro.
Acho que não fui feliz nos exames.
O intuito dessas orações foi abrandar a mensagem, ou seja, ser mais educado.
No exemplo 1 o verbo “roubar” foi substituído por uma expressão mais leve.
O mesmo ocorre co o exemplo 2 , “reprovado “ também foi substituído por uma expressão mais leve

IRONIA
Que homem lindo! (quando se trata, na verdade, de um homem feio.)
Como você escreve bem, meu vizinho de 5 anos teria feito uma redação melhor!
Que bolsa barata, custou só mil reais!
É o exagero na afirmação.
Já lhe disse isso um milhão de vezes.
Quando o filme começou, voei para casa.
PROSOPOPÉIA
Atribuição de qualidades e sentimentos humanos a seres irracionais e inanimados.
A formiga disse para a cigarra: ” Cantou…agora dança!”

Catacrese
Trata-se de uma metáfora que, dado seu uso contínuo, cristalizou-se. A catacrese costuma ocorrer quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro "emprestado". Assim, passamos a empregar algumas palavras fora de seu sentido original.
Exemplos:
"asa da xícara"
"batata da perna"
"maçã do rosto"
"da mesa"
"braço da cadeira"
"coroa do abacaxi"


Comédia de costumes

A comédia de costumes é um gênero do teatro brasileiro. O escritor francês Molière é considerado o criador da comédia de costumes. No Brasil, o principal representante, e pioneiro do gênero, é Martins Pena, que caracterizou com bom humor as graças e desventuras da sociedade brasileira. Artur Azevedo, autor muito popular e que retratou os costumes da sociedade brasileira do final da Monarquia e início da República, foi o consolidador do gênero introduzido por Martins Pena.
A comédia de costumes, o mais característico dos gêneros de teatro no Brasil, caracteriza-se pela criação de tipos e situações de época, com uma sutil sátira social. Proporciona uma análise dos comportamentos humanos e dos costumes num determinado contexto social, tratando freqüentemente de amores ilícitos, da violação de certas normas de conduta, ou de qualquer outro assunto, sempre subordinados a uma atmosfera cômica. A trama desenvolve-se a partir dos códigos sociais existentes, ou da sua ausência, na sociedade retratada. As principais preocupações dos personagens são a vida amorosa, o dinheiro e o desejo de ascensão social. O tom é predominantemente satírico, espirituoso e cômico, oscilando entre o diálogo vivo e cheio de ironia e uma linguagem às vezes conivente com a amoralidade dos costumes.
                 A velhinha contrabandista

          
            Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava na fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da alfândega - tudo malandro velho - começou a desconfiar da velhinha.

            Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:

           - Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?

           A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu:

           - É areia!

           Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.

Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com moamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.

           Diz que foi aí que o fiscal se chateou:

           - Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com quarenta anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.

           - Mas no saco só tem areia! - insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:

           - Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?

           - O senhor promete que não "espáia"? - quis saber a velhinha.

           - Juro - respondeu o fiscal.

           - É lambreta.
                                                                                            Sérgio Porto - Stanislaw Ponte Preta

Um homem de consciência

“Um homem de consciência
                                                                                 Monteiro Lobato
 
        Chamava-se João teodoro, só. O mais pacato e modesto dos homens. Honestíssimo e lealíssimo, com um defeito apenas: não dar o mínimo valor a si próprio. Para João Teodoro, a coisa de menos importância no mundo era João Teodoro.
         Nunca fora nada na vida, nem admitia a hipótese de vir a ser alguma coisa. E por muito tempo não quis nem sequer o que todos ali queriam: mudar-se para terra melhor.
         Mas João Teodoro acompanhava com aperto de coração o deperecimento visível de sua Itaoca.
         - Isto já foi muito melhor, dizia consigo. Já teve três médicos bem bons – agora só um e bem ruinzote. Já teve seis advogados e hoje mal dá serviço para um rábula ordinário como o Tenório. Nem circo de cavalinhos bate mais por aqui. A gente que presta se muda. Fica o restolho. Decididamente, a minha Itaoca está acabando…
          João Teodoro entrou a incubar a idéia de também mudar-se, mas para isso necessitava dum fato qualquer que o convencesse de maneira absoluta de que Itaoca não tinha mesmo conserto ou arranjo possível.
          - É isso, deliberou lá por dentro. Quando eu verificar que tudo está perdido, que Itaoca não vale mais nada de nada de nada, então arrumo a trouxa e boto-me fora daqui.
         Um dia aconteceu a grande novidade: a nomeação de João Teodoro para delegado. Nosso homem recebeu a notícia como se fosse uma porretada no crânio. Delegado, ele! Ele que não era nada, nunca fora nada, não queria ser nada, não se julgava capaz de nada…
Ser delegado numa cidadezinha daquelas é coisa seríssima. Não há cargo mais importante. É o homem que prende os outros, que solta, que manda dar sovas, que vai à capital falar com o governo. Uma coisa colossal ser delegado – e estava ele, João Teodoro, de-le-ga-do de Itaoca!…
João Teodoro caiu em meditação profunda. Passou a noite em claro, pensando e arrumando as malas. Pela madrugada, botou-as num burro, montou no seu cavalo magro e partiu.
          - Que é isso, João? Para onde se atira tão cedo, assim de armas e bagagens?
          - Vou-me embora, respondeu o retirante. Verifiquei que Itaoca chegou mesmo ao fim.
          - Mas, como? Agora que você está delegado?
          - Justamente por isso. Terra em que João Teodoro chega a delegado, eu não moro. Adeus.
          E sumiu.”

Português é fácil

                                                                                       ( Jô Soares)
 
Pois é. U purtuguêis é muinto fáciu di aprender, purqui é uma língua qui a genti iscrevi ixatamenti cumu si fala. Num é cumu inglêis qui dá até vontadi di ri quandu a genti discobri cumu é qui si iscrevi algumas palavras. Im purtuguêis não. É só prestátenção. U alemão pur exemplu. Qué coisa mais doida? Num bate nada cum nada. Até nu espanhol qui é parecidu, si iscrevi muinto diferenti. Qui bom qui a minha língua é u purtuguêis. Quem soubé fala sabi iscrevê.

EMAGRECENDO DE FORMA SAUDÁVEL

Uma pesquisa realizada na Grã-Bretanha reforçou o antigo princípio da “mente sã, corpo são”, ao descobrir que a leitura de um livro recheado de ação e sexo gasta duas vezes mais calorias que ficar parado.
A pesquisa, encomendada pela cadeia de livrarias britânica Borders, comparou as calorias necessárias para se ler diferentes tipos de livros. O resultado foi uma lista das obras que mais ajudam a emagrecer.
Parado, o corpo humano gasta uma caloria por minuto. Mas os cientistas descobriram que livros de aventura, sexo e ação podem até dobrar essa taxa.
A razão, segundo eles, é que as tramas rocambolescas levam o corpo a produzir mais adrenalina, hormônio que reduz o apetite e queima caloria.
“A ciência é clara”, disse uma porta-voz da Borders, Caroline Mileham. “E se a idéia pegar, temos de considerar uma seção dedicada aos livros que queimam calorias!”
Com base nos resultados, os cientistas elaboraram uma lista de livros que mais ajudam a emagrecer.
O topo da lista é ocupado pelo thriller Polo, da escritora britânica Jilly Cooper.
A leitura completa das quase 800 páginas de sexo e escândalos gasta o equivalente a 1,1 mil calorias ou uma refeição completa de Big Mac.
O também volumoso Código da Vinci, de Dan Brown, ficou em segundo na lista.
A trama que enfureceu a Igreja Católica ao especular sobre a existência de um segredo guardado a sete chaves pela alta hierarquia da Cúria consome 885 calorias para ser lida, disseram os cientistas.
Mas leitores menos ambiciosos poderiam ler o O Código Da Vinci por duas horas e degustar uma barra de chocolate – já que teriam gastado 210 calorias na empreitada, segundo a representante da Borders.
“Os livros ´dietéticos´ funcionam da mesma maneira que tomar café aumenta o nível de adrenalina. Mas ler uma grande trama não tem os efeitos negativos da cafeína”, acrescentou Mileham.
A lista inclui ainda clássicos do suspense, como O Iluminado, de Stephen King, e O Exorcista, de William Peter Blatty.
OS DEZ MAIS `DIETÉTICOS´
Guia da Dieta   20060714071643davincibookafp203b Ler emagrece (Conheça os livros dietéticos)1. Polo (em inglês), Jilly Cooper – 1,1 mil
2. O Código da Vinci, Dan Brown – 885
3. O Iluminado, Stephen King – 745
4. O Júri, John Grisham – 772
5. Bravo Two Zero (em inglês), Andy McNab – 605
6. O Dia do Chacal, Frederick Forsyth – 604
7. O Exorcista, William Peter Blatty – 465
8. Dirty Blonde (em inglês), Courtney Love – 444
9. Orgulho e Preconceito, Jane Austen – 443
                                             10. O Caso dos Dez Negrinhos, Agatha Christie – 327